sábado, junho 19, 2010

Ainda sobre o SPFW SS 2011

Já faz quase uma semana que o São Paulo Fashion Week acabou e eu não posto uma linha sobre nada... Não sei o que você pensa, mas às vezes pausas são importantes nos projetos e estou em um momento de pausa, de reflexão...

O que de raios é a moda brasileira? Qual é a importância de um evento como o SPFW? Quem realmente vê o que se produz lá?

Depois dessa edição ficou claro para mim mais do que nunca que existem estilistas em diferentes estágios de vida e de carreira e que colocá-los em uma mesma bolha não faz sentido algum. Também ficou claro que o evento é mal explorado comercialmente.

Quando olhamos para as grandes semanas de moda ao redor do mundo vemos sempre duas vertentes, o comercial e o conceitual, mas mesmo o conceitual, na maioria das vezes, é ditado com marcas que têm produção em escala industrial.

Aqui no Brasil não! As marcas que ditam tendência e que são relevantes para a cena fashion nacional e internacional produzem artesanalmente, peças únicas, que poderiam ser chamadas facilmente de alta-costura.

Os melhores desfiles estão inseridos nesse contexto e quando partem para a produção industrial ficam comerciais de mais e repetem conceitos, como aconteceu com a Osklen, que precisa urgentemente se inovar ou se assumir como um streetwear inteligente, mas de “praia”, como todos os seus parceiros cariocas.

Também, pensando principalmente na imagem do evento, acredito que os desfiles shows, onde roupa não é o assunto principal, deveria ser banido do line up e ser mostrado como atração paralela. De verdade, senti vergonha alheia pelo que foi apresentado pelo FH – Fause Haten e pela Neon. Me diz, o que foi aquilo? A direção do evento deveria checar as coleções antes da apresentação.

Detesto fazer listinhas, mas não posso deixar de falar da linda coleção de André Lima, que como disse Erika Palomino em sua review, “se descola do evento”. O estilista faz algo que não é comercial, mas mostra uma ideia, um conceito e sua essência ali. Nessa linha está Lino Villaventura (queria ver esse mesmo desfile com um styling limpo assinado por Kate Grand e Carine Roitfeld – as roupas se perdem na arrumação poluída original) e Alexandre Herchcovitch masculino (lindo, lindo, lindo...).

As coleções de moda praia também foram ótimas. Gostei bastante da Adriana Degreas, Paola Robba e Movimento.

Agora vamos acompanhar e ver o que as editoras de moda acharam das coleções apresentadas nos próximos editorias e acompanhar a evolução da moda brasileira, que, quem sabe, um dia vai ser super super...

***

"It's been a week since the Sao Paulo Fashion Week is over and I put a line about anything... I do not know what you think, but sometimes breaks are important in projects and am in a moment of pause and reflection...
What the heck is a Brazilian fashion? What is the significance of an event like SPFW? Who really see what is produced there?
After this issue became clear to me more than ever that there are designers in different stages of life and career and put them in a bubble it makes no sense. It also became clear that the event is barely exploited commercially.
When we look at the big fashion weeks around the world always see two sides, both commercial and conceptual, but the same concept, in most cases, is dictated with brands that have industrial-scale production.
Here in Brazil there! The brands that dictate trend and that are relevant to national and international fashion scene producing handcrafted, unique pieces that could easily be called haute couture.
The best parades are within this context and when they depart for industrial production are more and repeat business concepts, as with Osklen, which urgently needs to innovate or take as a smart streetwear, but the "beach", as all partner Rio.
Also, considering mainly the image of the event, I think the parades shows, where clothing is not the main subject should be banned from the line up and be shown as parallel attraction. In fact, I was ashamed by others which was presented by FH - Fause Haten and the Neon. Tell me, what was that? The direction of the event should check the collections before the show.
I hate making small menu, but I can not stop talking about the beautiful collection of André Lima, who as Erika Palomino said in his review, "if the event takes off." The designer does something that is not commercial, but has an idea, concept and essence there. That line is Lino Villaventura  (wanted to see the same parade with a clean styling and signed by Kate Grand or Carine Roitfeld - the clothes are lost in storage polluted original) and Alexandre Herchcovitch boys (lovely, lovely, lovely...).
The collections of swimwear were great. I like a lot of Adriana Degreas, Paola Robba and Movimento.
Now we'll monitor and see what publishers think of the fashion collections presented in the next few editorials and follow the evolution of Brazilian fashion, that perhaps one day will be super super... (Transçated by Google)"

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