segunda-feira, outubro 17, 2011

Cadê as editoras de moda no Brasil?

Hoje, olhando essa foto, me vieram alguns “questions marks” à cabeça? Por que as editoras de moda no Brasil não são conhecidas? Por que não tentamos ver o que elas usam, onde frequentam? Por que existe essa barreira tão grande entre editores e leitores, consumidores de moda?

Não sei ao certo a resposta para essas perguntas, mas posso tentar imaginar algumas respostas...

Excesso de trabalho e redações mais enxutas cada vez mais pode ser uma, mas aí lanço outra: por que essas aparições e essa transformação em referência moda e estilo não estaria na estratégia de negócio das revistas como ações de relacionamento, pois acredito que grande parte dos negócios da Vogue Paris ou da Vogue Japão surjam por meio de suas editoras no meeting informal com as marcas...

Aqui no Brasil é instaurada uma ditadura do invisível. As jornalistas, algumas grandes e com bagagem, outras medíocres e rainhas do “copy and paste”, não se mostram ao público, nem desenvolvem um grande papel para serem reconhecidas pelo seu trabalho, apesar de algumas o fazerem de maneira bastante admirável...

Se vocês perguntarem para qualquer cidadão qual são as cinco jornalistas de moda mais importantes do Brasil todos dirão: Glória Kalil, Érika Palomino, Costanza e, com alguma sorte, Susana Barbosa. Para por aí...

E as explicações mais tradicionais seriam: Glória porque está no Fantástico e sempre é citada como referência de estilo, Érika Palomino porque se consagrou como jornalista de moda e de comportamento, sendo uma pré Anna Dello Russo ou Giovanna Battaglia, mas não sabendo aproveitar seu momento, Costanza porque está a mil anos falando sobre moda e sempre é referência no assunto (tenta perguntar onde se pode ler o que ela escreve pra ver se alguém sabe)... E, por último, Susana, por ser a editora malvada jurada no programa Projeto Fashion.

Olhando aí como elas se tornaram mais conhecidas sempre teve uma plataforma além de suas publicações. Glória foi na TV, Costanza na vida, Érika na noite paulistana e Susana também na TV.
Será que apostar nessa formula certeira no mundo não seria uma maneira das publicações aumentarem suas vendas e dialogar com o que anda acontecendo no mundo???

Um exemplo recente tupiniquim exitoso foi o site moda masculina e tendência Neônico (RIP), que tentou seguir esse modelo e conseguiu. Os meninos se tornaram referência para um público, lançaram festas e criaram uma série de clones, que hoje, mesmo depois da morte do site, que é atualizado de tempos em tempos, pode ser visto nas festas e ruas da cidade. E mesmo sem estar com o site bombando, apenas por suas aparições na noite e no Twitter, continuam influenciando pessoas.

A moda brasileira está precisando de mão de obra de formação, não de um monte de blogueiras bregas que se juntaram por trás de um selo mais brega ainda para lançar tendências compradas... Nesse caso, me pergunto, onde está a ética???? Mas deixa para outro dia essa discussão!!! Let’s be hits...

Mas excluindo as blogueiras, que não cabem aqui, queria muito ver por aí esses formadores de opinião em moda e o que eles podem contribuir com essa formação de referencial para os leitores que hoje não se prendem apenas na revista mensal, mas estão diariamente buscando referenciais.

Susana Barbosa, você e sua equipe mudaram uma revista toda tornando a Elle a maior referência de moda (comercial ou não) do país, atrás de títulos que por obrigação deveriam fazer isso... Você deu está dando a cara a tapa na TV... Bora se tornar agora referência de estilo e começar esse trendy no Brasil. Bora levar a revista além da revista???

Será esse o futuro da moda??? Se olharmos para o rumo que a carreira de Carine Roitfeld está tomando, será! Pois, é...

***
"Today, I was looking at this picture above, and came some "questions marks" to the head? Why the publishers of fashion in Brazil are not known? Why not try to see what they wear, where they attend? Why is there so great that barrier between publishers and readers, consumers of fashion?
I'm not sure the answer to these questions, but I can try to imagine some answers ...
Overwork and leaner newsroom can increasingly be one, but then throw another why these apparitions and transformation in this fashion and style reference would not be in business strategy and actions of journals relationship, because I believe that most business of Vogue Paris and Vogue Japan emerge through their publishers in the informal meeting with the marks ...
Here in Brazil is established a dictatorship of the invisible. The journalists, and some great luggage, mediocre ones and queens of the "copy and paste" does not show the public or develop a big role to be recognized for their work, although some do so quite admirably ...
If you ask any citizen to whom are the five most important fashion journalists from Brazil all say: Gloria Kalil, Erika Palomino, Costanza, and with any luck, Susana Barbosa. For so ...
And the more traditional explanations would be: Glory because it is in fantastic and is always cited as a reference style, Erika Palomino was consecrated as a journalist because of fashion and behavior, with a pre Anna Dello Russo and Giovanna Battaglia, but not knowing how to enjoy your time , because Costanza is a thousand years of talking about fashion and always reference in the subject (try to ask where you can read what she writes to see if anyone knows) ... And finally, Susan, for being the evil editor sworn in Fashion Design program.
Looking around as they became better known has always had a platform in addition to its publications. Gloria was on TV, Costanza in life, in the same venues Erika and Susan on television.
Does this formula accurate to bet the world would be a way to increase sales of publications and talk about what is happening in the world??
A recent example was the site tupiniquim successful men's fashion and trend Neônico (RIP), who tried to follow that model and made it. The boys have become a reference for the public, threw parties and created a series of clones, which today, even after the death of site that is updated from time to time, can be seen at parties and city streets. And even without being out and about with the site, only for his appearances at night and on Twitter, continue to influence people.
Brazilian fashion is in need of manpower training, not a lot of cheesy bloggers who joined behind a label to release even more tacky trends bought ... In this case, I wonder, where are the ethics?? But leave that discussion for another day! Let's be hits ...
But excluding the bloggers who do not fit here, so wanted to see these trendsetters in fashion and what they can contribute to the formation of reference for readers today is not just monthly, but are daily seeking references.
Susana Barbosa, you and your team have changed all making a magazine Elle fashion the major reference (commercial or otherwise) of the country, behind an obligation bonds that should do it ... You gave the guy is giving a slap in the TV ... Bora become reference now and get that trendy style in Brazil. Bora to take the magazine beyond the magazine??
Is this the future of fashion?? If we look at the way the career is taking Carine Roitfeld, will be! Well, it's... (Translated by Google)"

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