quinta-feira, maio 03, 2012

Elle Brasil: Conheça Iris Apfel


Fã de acessórios impactantes, a decoradora nova- iorquina mostra que aos 90 anos é possível ser ícone fashion. MÁRIO ARAUJO

Em setembro de 2005, o Metropolitan Museum of Art (MET), em Nova York, inaugurou a mostra Rara Avis: Selections from the Iris Barrel Apfel Collection. Foi a deixa perfeita para o mundo conhecer um pouco mais do estilo de uma das mulheres mais criativas dos Estados Unidos, como destaca o curador do MET, Harold Koda. “Para se vestir como Iris Apfel, é preciso ter um senso estético muito apurado”, disse Koda na época, em entrevista ao The New York Times. “Penso comigo mesmo: não tente fazer isso em casa.”

Nascida no Queens, Iris cresceu cercada de estímulos visuais. Seu pai possuía uma pequena loja de vidros e espelhos e colaborava com alguns dos mais importantes decoradores da época. Já sua mãe, dona de uma butique, a introduziu cedo no mundo de manequins e roupas – aos 8 anos, ela teve a primeira crise fashion, ao não se dar por satisfeita com as roupas que tinha para uma sessão de fotos familiares.

A fixação pelo visual a acompanhou também na juventude. Na década de 1940, quando o guarda-roupa das mulheres era pautado pelo look tailleur com ombreira e cintura ajustada, típico da Segunda Guerra Mundial, Iris decidiu que usaria jeans. “Fui a uma loja do Exército em Wisconsin, pois eles eram os únicos que vendiam a calça na cidade. Mas tudo era grande demais”, contou em entrevista ao Peabox Essex Museum, em Salem, Massachusetts. “Pedi um par que coubesse em mim e me disseram: ‘Talvez a senhora não saiba, mas mulheres não usam jeans’. Eu os deixei loucos ligando todos os dias para saber se havia chegado um número menor. Até que um dia, o proprietário encontrou uma calça Levi’s masculina, pequena o suficiente para mim.” A insistência tinha um motivo: Iris criou em sua cabeça o look perfeito – jeans, turbante e brincos de argolas gigantes. Mal sabia a designer que, quase 70 anos depois, o denim se tornaria uma espécie de uniforme dos tempos modernos, e os tais acessórios (assim como os imensos óculos redondos), sua marca registrada.

Em 1948, ela se casa com Carl Apfel, com quem está até hoje. A união rendeu a abertura da empresa especializada em tecidos e decoração, a Old World Weavers, da qual foram proprietários até 1992 e que tinha, entre seus clientes estrelados, Greta Garbo, Estée Lauder e Marjorie Merriweather Post, além da Casa Branca, para onde realizaram projetos para nove presidentes dos Estados Unidos, sendo o último no mandato de Bill Clinton (1993-2001). Apesar da venda, Iris continua na companhia como consultora de projetos especiais e não pensa em se aposentar tão cedo. Foi graças à empresa, aliás, que Iris conheceu o mundo e apurou cada vez mais seu estilo único. Como trabalhava com tecidos exclusivos e raros, a Old World Weavers mantinha um escritório na França e outro na Itália (que intermediava os negócios com a África, a Ásia e o Oriente Médio).

O poder dos detalhes

O legado dos acessórios vem desse mix cultural – ela adora peças étnicas – e de sua bagagem familiar. “Minha mãe era uma pessoa muito chic, que sempre me dizia que não importa se temos apenas um vestido preto básico desde que o usemos com os colares e as pulseiras corretos. Podemos transformar a mesma peça em inúmeros looks, sem nunca nos repetir, se acertamos essa matemática.”

Com um poder único de combinar peças das mais diferentes origens (de objetos de alta-costura a pechinchas garimpadas em mercado de pulgas), ela virou uma referência e uma figurinha fácil nos blogs e nas colunas sociais de Nova York. Não à toa, a Coach a convidou para estrelar sua campanha de 2008 e a MAC fechou uma parceria com ela e colocou no mercado, em janeiro deste ano, uma linha de beleza, em coautoria. Iris passou, enfim, a ser referência para uma geração acostumada a consumir o que as revistas de moda e as lojas fast fashion apresentam. Trouxe de volta, de certa forma, a necessidade de ter estilo e pensar sobre moda de uma maneira mais crítica, e não apenas reproduzir e copiar modelos.“Procuro mostrar para os jovens que a moda é muito mais que roupas, é uma forma de se ex-pressar para o mundo. O jeito de compor um look revela muito sobre você, seu conhecimento e cultura”, explicou Iris na entrevista que deu a ELLE.

Apaixonada por pulseiras, óculos e afins, a designer, mesmo optando por roupas rebuscadas, gosta de deixar os acessórios em destaque. Conta que sempre se vestiu assim, que não mudou depois que a mídia voltou a atenção para ela. “Fico feliz que minha idade não seja um tabu e que as marcas entendam que uma mulher mais velha pode ser um ícone capaz de vender produtos”, diz ela, do alto de seus 90 anos.

Para Iris, vestir-se é uma experiência criativa. “Você nunca sabe qual será o resultado. O mais importante é encarar a moda como forma de expressão. Seja livre. Você só tem uma viagem. O negócio é aproveitá-la ao máximo!

* Essa é minha matéria sobre a genial Iris Apfel para a edição de maio, de aniversário, da Elle Brasil. Gostou? Veja mais fotos aqui.

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Fan Accessories striking, the New York decorator for 90 years shows that it is possible to be fashion icon. MARIO ARAUJO
In September 2005, the Metropolitan Museum of Art (MET) in New York, opened the show Rara Avis: Selections from the Iris Barrel Apfel Collection. It makes her perfect for the world to know a little more style in one of the most creative women in the United States, as highlighted by the curator of the MET, Harold Koda. "To dress like Iris Apfel, you must have a very acute sense of aesthetics," Koda said at the time, in an interview with The New York Times. "I think to myself: do not try this at home."
Born in Queens, Iris grew up surrounded by visual stimuli. His father owned a small shop windows and mirrors, and collaborated with some of the most important designers of the time. Since his mother, a boutique owner, introduced early in a world of mannequins and clothing - at age 8, she had her first fashion crisis, not to be satisfied with giving the clothes we had for a family photo session.
The setting also accompanied by visual in youth. In the 1940s, when the wardrobe of women was guided by the look suit with shoulder and waist adjusted, typical of World War II, Iris decided that jeans would. "I went to a store in Wisconsin Army because they were the ones who sold the pants in the city. But it was too big, "he said in an interview with Peabox Essex Museum in Salem, Massachusetts. "I ordered a pair that fit me and told me: 'Perhaps you do not know, but women do not wear jeans. I let crazy calling every day to know if fewer had arrived. Until one day, the owner found a Levi's men's small enough for me. "The insistence had a reason: Iris created in your head the perfect look - jeans, earrings, turban and giant rings. Little did the designer who, almost 70 years later, denim became a kind of uniform of modern times, and such accessories (like the huge round glasses), his trademark.
In 1948, she married Carl Apfel, who is today. The union won the opening of the company specializing in fabrics and decor, Old World Weavers, which they owned until 1992 and had among his clients starred Greta Garbo, Estée Lauder and Marjorie Merriweather Post, beyond the White House, where projects performed for nine U.S. presidents, the last being the Bill Clinton (1993-2001). Despite the sale, Iris continues in the company as a consultant for special projects and does not intend to retire soon. Thanks to the company, moreover, that Iris knew the world and increasingly found her unique style. How was working with rare and exclusive fabrics, Old World Weavers had an office in France and one in Italy (which intermediated business with Africa, Asia and the Middle East).
The power of the details
The legacy of this cultural mix is accessories - she loves ethnic parts - family and their luggage. "My mother was a very chic, I have always said that no matter if we have only a basic black dress since we use with necklaces and bracelets right. We can make the same part in many looks, never repeat ourselves, if we hit this math. "
With a unique power to combine parts from different sources (objects couture bargains mined in the flea market), it became an easy reference and a figurine on the blogs and gossip columns in New York. No wonder, the coach invited her to star in his 2008 campaign and teamed up with MAC and put it on the market in January this year, a line of beauty, co-authored. Iris now, finally, the reference for a generation accustomed to consume what the fashion magazines and stores fast fashion show. Brought back in some way, the need to think about style and fashion in a more critical, not just play and copy models. "I try to show young people that fashion is much more than clothes, is a form of pressar former is to the world. The way of composing a look reveals much about you, your knowledge and culture, "Iris explained in the interview he gave to ELLE.
Passionate about bracelets, sunglasses and the like, the designer, even opting for elaborate clothes, likes to leave the accessories featured. Account that always dressed well, that has not changed after the media turned its attention to her. "I'm glad that my age is not a taboo and that brands understand that an older woman can be an icon able to sell products," she says, from the top of its 90 years.
For Iris, dressing is a creative experience. "You never know what will result. The most important thing is to look at fashion as a form of expression. Be free. You only get one trip. The deal is to take it to the max!
* This is my story about the brilliant Iris Apfel for the May edition, anniversary, Elle Brazil. Like it? (Translation by Google)"

Um comentário:

Anônimo disse...

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