quinta-feira, novembro 27, 2008

A tradicional folhinha

Como todo final de ano, começam a aparecer os inúmeros calendários fashions pelo planeta. Apesar de souvenir meio fora de moda em tempos de outlook, valem pelas imagens e pela criatividades ou, algumas vezes, pela ousadia. O tradicional Pirelli traz modelos e elefantes em cenários surreais africanos com fotos assinada por Peter Beard. Entre as modelos, Isabeli Fontana e Emanuela de Paula. Já o da Vogue Francesa, clicou suas imagens em clima very sexy com sapatos e underwear. As fotos têm stylist singular de Carine Roitfeld e foram feitas por Terry Richardson. O mês de novembro, reservado à Aline Weber.

***

Falando em Aline, ela aparece nas edições de dezembro da revista W e na Vogue Francesa.

quarta-feira, novembro 26, 2008

284

Às vezes moda nos prega peças e nos deixa confuso. Ontem foi um dia desses. Aconteceu em São Paulo, na Daslu, o lançamento da marca de fast fashion da loja de departamentos. No quesito roupa, tudo ok. Peças bonitinhas, que com certeza atingirão o público jovem, alvo da grife. No quesito moda, acredito que as divagações, por assim chamar, devem ir muito além.

Não quero entrar aqui no mérito da Daslu criar uma marca de fast fashion para atrair consumidores para a loja que anda meio caída com a saída de várias grandes marcas, mas no conceito em si, pois num primeiro momento ele parece bem bacana, soa como inovador, como uma tentativa de democratização de marcas e roupas, mas e aí? Será que é esse o verdadeiro sentido da moda? Alguns criam e poderosas industriam copiam e tornam o exclusivo popular? É interessante para uma indústria que vive de idéias inovadoras ser totalmente popular? O consumidor geral esta preparado para consumir tais produtos?

Quando San Laurent transformou a alta-costura em ready to wear, marco da indústria da moda, a idéia inovadora revolucionou um cenário e possibilitou que milhares de pessoas pudessem consumir. Não foi a transformação da alta-costura em ready to wear, foi a transformação da estrutura de produção, do formato da indústria.

Já no caso do fast fashion, é a cópia simples e barata de brilhantes idéias, como, por exemplo, as incríveis camisetas “Kate Rocks”, da House of London, pela 284 em versões “Obama Rocks” e outras com frases engraçadinhas, ou da coleção completa da Dolce & Gabbana pela H&M.

Não sendo conservador, moda é arte, são peças que você garimpa, coleciona, que juntas formam um acervo e fazem sentido. Afinal, pra se fazer de bonitinha na festa de formatura da prima é só se jogar na José Paulino, não? Mais honesto que usar uma cópia barata de um Hervé-Leger by TopShop.

Confusão completa de idéias, que precisam ser muito pensadas e discutidas, agora, pessoalmente, uma coisa eu sei. Se eu fosse dono de uma das marcar bacanudas que tem corner na Daslu, hoje mesmo, estaria fechando minha lojinha lá. Tenho ciúmes das minhas idéias, detesto vê-las copiadas. Egoísmo meu? Pode ser...

terça-feira, novembro 25, 2008

Registro em série

O produto nacional às vezes encanta. Num terreno no qual não temos tradição – literatura de moda – a Cosac Naify lançou uma coletânea com obras individuais dos principais estilistas brasileiros.

Retrospectivas de carreiras com as principais imagens de moda criadas por esses gênios, que construíram um cenário fashion num sertão onde Riobaldo e Diadorim confundiam-se em paradoxos e aridez.

Sem se preocupar em discutir as criações (entendem-se aqui roupa em si), os livros narram trajetórias e mostram erros e acertos e, o mais importante, a ousadia e a liberdade de criar.

Conheci a coleção por meio de amiga querida, que me presenteou com o de Ronaldo Fraga. Precisa interpretação de sua obra, com um texto introdutório da brilhante consultora de moda Glória Kalil (que discretamente construí para o desenvolvimento da moda brasileira) e outro complementar assinado por Carol Garcia.

Todas as forças para que a coleção ganhe mundo e que as pessoas possam conhecer nossos estilistas e o trabalho desenvolvido por aqui, por costureiros que não se chamavam de designers, mas construíam verdadeiras obras de arte, como Artur Bispo do Rosário.

quinta-feira, novembro 20, 2008

Black is beautiful

Como moda não tem etnias, é feita de paixão e inspiração, nada melhor que Rojane, para representar todas as modelos negras, tops e anônimas, que colorem e dão charme às passarelas, editoriais de moda e campanhas de todo o planeta.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Etnias

Vogue América reuneu as it-models do momento para monstrar, em cliques de Patrick Demarchelier, as diversas etinias que representam as leitoras da revista. Esperta como ela só, Anna sintetiza nas personalidades das modelos, suas leitores e suas aspirações. Mais uma vez, ponto positivo para miss Wintour. Nas fotos que estampa o editorial de jóias da edição de dezembro: Carol Trentini, Oluchi Orlandi, Coco Rocha, Sasha Pivovarova, Arlenis Sosa e Lakshmi Menon.

terça-feira, novembro 18, 2008

Quase carnaval

Se temos carnaval em fevereiro, a América tem o Victoria Secret’s show em novembro/dezembro com quilos de tops e todas as tendências de underwear feminina para a próxima estação. Quem usa? Vai se saber, pois elas ficam embaixo da roupa, né? Mas fato é que a marca não para de crescer e recentemente adotou nova postura: ser menos sexy (redonda) e mais séria (quadrada), seguindo o já tradicional “american way of life”.
Cidades


Cada cidade tem seu modo de ser, de se vestir, de se comportar. São Paulo não poderia ser diferente. Suas cores particulares e desordenadas tingem a feiúra aparente da cidade, transformando nada em moda e moda em nada.

A simbiose de tendências aqui não acontece. Falta ainda informação de moda para isso. Espero ainda me deparar com uma menina correndo com uma legging da H&M sob uma replica de um Balenciaga estruturado, que ela comprou na Moonson. Ainda falta, ainda falta...

Mas já é possível ver cores e formatos diferentes entrando no guarda-roupa das pessoas: estampas “pensadas” (não aquelas com motivos africanos ou florais) já aparecem nas roupas das pessoas, formatos como assimetrias, balones e envelopes também dão o ar da graça ora aqui ora ali.

Por incrível que pareça, no masculino, as novidades aparecem com mais freqüência. No entanto, terno com havaianas, hit do verão europeu, nunca deve chegar aqui.

Não sei de onde essa informação de moda vem, pois as revistas masculinas não são nada muito fashion por aqui, são mais conservadoras, ainda que bem eficiente na informação que passam. Bom trabalho, mas sisudo, com uma criatividade ditada pelo comercial, que ainda é muito conservador.

São Paulo é uma babel arquitetônica e aos poucos está virando uma babel fashion, tímidamente caminhando, mas constantemente. Que o futuro venha...

segunda-feira, novembro 17, 2008

Simplesmente simples

Muitas vezes procuramos tendências nas passarelas, nas ruas, nas novelas e esquecemos o grande lançador de tendências de outrora, o cinema e suas divas de Hollywood. Esse pensamento surgiu depois de assistir esse final de semana Vicky, Cristina, Barcelona, o novo filme de Wood Allen, que de tão simples e divertido, deixa sensações no ar e a vontade de você estar ali, além de um forte desejo de moda.

Se em Maria Antonieta de Sofia Coppola a moda era explicita nos incríveis vestidos de época ou em Sex and the City, nas roupas grifadas de Carrie e suas amigas, no figurino de Allen elas aparecem discretas, diluídas, super presentes e atuais.

Seja nas roupas mais construídas ou nas mais tradicionais. VCB com certeza é um filme que marcará época, pois é despretensioso sem ser tosco, é fashion sem ter esse rótulo, além de ser colorido e vivo. É a simbiose da Espanha de Almodóvar com a gentileza de Allen.

Não esperem nada genial (Scoop e Match Point são muito melhores), mas é super atual e honesto!

sábado, novembro 08, 2008

Around the world

Depois de breve período sem postar o blog está de volta a vida e, prometo, terá freqüência. Tudo isso porque para esse repórter viajante ter férias teve que adiantar 20 dias de cotidiano para se jogar no mundo.

As andanças e percepções do velho mundo serão diluídos nos posts.

Por hora, quero vanguarda e experimentações. Sinto inveja dos italianos, que além de ter toda a indústria da moda aos seus pés, estão a ano luz em termos de ousadia e originalidade. Não é por acaso que toda a civilização ocidental nasceu em Roma e seu legado é gigantesco.

Milão por ser considerada a nova Roma, com seus adolescentes ousados que adaptam Balenciaga aos tradicionais uniformes Adidas, que usam Gucci e Prada como peças básicas Hering, sem compromisso e, que, como ninguém, traduzem as tendências das passarelas para o cotidiano.

Criatividade sempre!

OS: Toda Europa está contamida pela face despojada de Agyness Deyn na campanha de Madame, o novo perfume se Jean Paul Gaultier.

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